Odara Instituto da Mulher Negra
Minha Mãe não dorme enquanto eu não chegar...
Bahia
Objetivos e público prioritário
Sensibilizar e alertar cinco comunidades da periferia de Salvador para os danos e impactos causados pela violência policial e tráfico de drogas na vida de adolescentes, jovens negros e seus familiares, a partir de oficinas de formação em direitos humanos, incidência pública e instrumentos jurídicos para a resistência e proteção das famílias e dos jovens.
Atividades principais
- Ações de incidência política com a finalidade de sensibilizar parlamentares e gestores públicos sobre o número alarmante de adolescentes e jovens negros vitimados pela violência.
- Audiência pública.
- Seminários.
- Fortalecer ações com as mulheres, adolescentes e jovens negros para atuar em redes de solidariedade e proteção nas comunidades.
- Oficinas.
- Difundir informações em escolas de ensino fundamental e médio como medida de reflexão, prevenção, envolvimento e mobilização.
Contexto
Estatísticas sistematizadas pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) mostram que a cada três assassinatos cometidos no Brasil, dois são de adolescentes e jovens negros entre 15 e 24 anos. O Brasil avançou na proteção à infância de zero a 12 anos, mas na questão do atendimento aos adolescentes ainda deixa muito a desejar. Faltam programas específicos para a faixa etária entre os 12 e 18 anos, principalmente destinados à formação de jovens, apoio às famílias e ações que os estimulem para o mercado de trabalho. Hoje os homicídios são a principal causa de morte de adolescentes e jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem especialmente os adolescentes e jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos, conforme informa o Mapa da Violência 2014. Nesse cenário, existem ainda muitas lacunas no âmbito das políticas públicas voltadas a questão. Um dos aspectos desconsiderado pelas políticas está relacionado aos impactos gerados pela violência contra os adolescentes e jovens na vida das mães e familiares das vítimas. É preocupante a tolerância e aceitação tanto da opinião pública quanto das instituições.
Sobre a organização
A organização tem a missão de fortalecer a luta de combate ao racismo, sexismo, lesbofobia e todas as formas de intolerância para garantir a liberdade, a autonomia e o bem-viver das mulheres negras e seus familiares.
Parcerias
Rede de Mulheres Negras do Norte e Nordeste.
FOPIR – Fórum de Promoção da Igualdade Racial.
AMNB – Articulação de Mulheres Negras Brasileiras Atividades.
Abong.
Rede Lai, Lai de saúde.
Rede de Mulheres Negras do Estado da Bahia.
Comitê de Planejamento do Fórum Aiwd.
Resultados
Foram realizadas oficinas de direitos humanos; oficinas de incidência política; oficinas sobre procedimentos jurídicos; audiência pública com a Defensoria Pública e o Ministério Público; vigílias em memória dos jovens assassinatos; rodas de conversa e lançamento de camapnha em escolas públicas; ciclo de palestras sobre violência letal; mostra de vídeos sobre histórias de vida; realização da feira cultural “Refletindo a Violência”; sistematização de histórias de vida de adolescentes e suas famílias.
Linha de Apoio
Violência contra a juventude (2016)
Ano
2016
Valor doado
R$ 39.950,00
Duração
12 meses
Temática principal
Direitos das Juventudes