Objetivos e público alvo
Mobilizar lideranças e comunidades indígenas Kayapó da Terra Indígena Baú e da Terra Indígena Mekrangnotire para combater focos de atividades garimpeiras existentes dentro e fora das terras indígenas, principalmente nas margens do rio Curuá, bem como provocar órgãos competentes ambientais no cumprimento de suas atribuições no combate aos crimes ambientais e contra a humanidade.
Atividades Principais
- Realizar levantamento sobre os principais focos de garimpos ligados à contaminação do rio Curuá.
- Oficializar órgãos públicos e cobrar a atuação dos mesmos no combate as atividades potencialmente poluidoras.
- Realizar encontro das lideranças indígenas para discutir a problemática e definição de estratégias rumo ao enfrentamento e combate à exploração.
- Ocupação e manifestação das lideranças indígenas nas áreas de exploração de minerais, com objetivo de chamar atenção do governo.
- Divulgar a problemática por meio da imprensa local e nacional.
Contexto
Desde a década de 1990 as comunidades indígenas, principalmente da Terra Indígena Baú, sofrem as consequências da contaminação do rio Curuá, provenientes de atividades garimpeiras praticadas por empresas mineradoras e cooperativas de jazidas situadas no distrito do Castelo de Sonhos, sudeste do Pará. O Curuá é o principal rio que corta a TI Baú e proporciona uma grande biodiversidade aquática, da qual os indígenas dependem para a sobrevivência, além de uso do manancial para todo ciclo de vida tradicional.
Direitos dos povos indígenas são violados, com sérios danos ambientais, modificação das paisagens naturais e principalmente contaminação de toda extensão do rio.
Atualmente os indígenas enfrentam problemas relacionados à saúde, como a presença constante de malária, dengue, diarreia, verminoses e alto índice de mortalidade infantil. Esta situação se agravou ainda mais com a chegada de megaprojeto do governo federal de pavimentação da rodovia BR 163- Cuiabá/Santarém, ocasionando a peregrinação de várias pessoas de outras regões, o desmatamento de grandes áreas para criação extensiva de gado, a produção de grãos como soja, arroz e, por último, a expansão do setor de mineração.
Sobre a Organização
Desde 2012 a organização atua nos projetos das comunidades indígenas da TI Baú, em parceria com a Associação Comunitária Indígena Tapiete. Promove o desenvolvimento de atividades sócioeconomicas de caráter coletivo e alto sustentáveis, capacitando os indígenas; defende o patrimônio territorial, ambiental, e cultural dos Kayapo da Terra Indígena Baú; defende judicial e extra judicialmente os direitos e interesses dos Kayapo da Terra Indígena Baú juntos aos órgãos públicos e privados; promove meios racionais e sustentáveis de extrativismo vegetal; desenvolve iniciativas que resultem na melhoria de vida de seus associados.
Parcerias
Comitê Gestor do Fundo Indígena Xingu (FIX).
Membro do Comitê Gestor do FSC Brasil (Forestry Stewardship Council/Conselho de Manejo Florestal.