Ponte Jornalismo
Contador de Corpos da Violência Policial em SP
São Paulo
Objetivos e público prioritário
Fornecer ao grande público uma fonte de informação acessível, interativa e confiável sobre os números da violência policial em São Paulo. Compartilhar as histórias das vítimas de violência policial no estado, visando sensibilizar as pessoas e humanizar a situação. Qualificar o debate público para que seja possível chegar a mudanças e transformações reais nessa situação que se agrava a cada ano.
Atividades principais
- Criar o Contador de Corpos da Violência Policial, banco de dados permanente de vítimas, que traz informações de mortes cometidas pela polícia desde 1995;
- Elaborar matérias com histórias de vida das vítimas, mencionando detalhes sobre as circunstâncias das mortes e estágio de apuração pelo Estado;
- Realizar matérias-síntese refletindo sobre os dados apontados pelo Contador.
Contexto
Desde 1995, a Polícia Militar paulista matou mais de 13 mil pessoas, sendo que de cada três mortos, dois são negros. Apesar dos números, o governo não enxerga o problema – há uma naturalização da violência policial em São Paulo. Não há políticas para a redução de letalidade policial, já que os programas de acompanhamento a policiais envolvidos em homicídios e as comissões de letalidade foram extintas em 2002. Em declarações oficiais, autoridades afirmam que o número de mortes cometidas pela polícia eu perfil racial das vítimas estão dentro da normalidade. Além disso, as estatísticas oficiais, divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública, apresentam distorções, como não levar em conta as mortes cometidas por policiais fora do seu horário de trabalho, que representam cerca de 20% do total.
Sobre a organização
Fundado em 2014, a Ponte Jornalismo é um veículo de comunicação independente com foco em segurança pública, justiça e direitos humanos. Sua missão é defender os direitos humanos por meio de um jornalismo independente, profissional e credibilidade, com o objetivo de colaborar na consolidação da democracia brasileira. Nos seus 3 primeiros anos de existência, teve papel importante em levar a público temas e histórias que pautaram o debate público e trouxeram impacto social real, ao levar a libertação de pelo menos três jovens negros presos injustamente.
Linha de Apoio
Jornalismo Investigativo e Direitos Humanos
Ano
2017
Valor doado
R$ 38.000,00
Duração
12 meses
Temática principal
Garantia do Estado de Direito e Justiça Criminal