Objetivos e público alvo
Fortalecer a atuação de familiares de vítimas de violência institucional em sua luta por justiça e contra a violência do Estado nas favelas.
Atividades Principais
- Roda de conversa com familiares sobre os casos mais recentes de violência institucional em favelas.
- Atendimento psicológico para os familiares de vítimas de violência institucional dos casos acompanhados pela Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência.
- Oficina sobre orientações jurídicas.
- Oficina sobre racismo institucional.
- Oficina sobre formas de enfrentamento à violência institucional e denúncias de violações de direitos humanos.
- Oficina sobre gênero.
- Roda de conversa para avaliação das oficinas e das atividades de assistência.
- Reunião para elaboração coletiva do calendário de luta.
- Encontros dos familiares para compartilhamento de experiências e atividades de autocuidado.
Contexto
Diante de um histórico de intervenções violentas das forças de segurança nos territórios de favelas e periferias do Rio de Janeiro, destaca-se o protagonismo de familiares de vítimas nas denúncias de violações de direitos humanos, em sua maioria mulheres negras que tiveram seus filhos, irmãos, maridos, sobrinhos ou netos executados os desaparecidos durante incursões ou ocupações militarizadas. São mulheres que tornam-se protagonistas da luta por justiça, exigindo do Estado a devida reparação pelas perdas, mas também lutando pela descriminalização de seus entes queridos, visto que os mesmos morrem acusados de serem bandidos/traficantes que estavam trocando tiros com a polícia. Além da peregrinação pelas diferentes instituições responsáveis pela execução ou pela mediação dos inquéritos policiais e dos processos judiciais dos respectivos casos de homicídio, elas também precisam administrar as consequências das mortes no interior das famílias.
Sobre a Organização
A Rede de Comunidades e Movimentos contra Violência é composta majoritariamente por familiares de vítimas de violência institucional, além de atender demandas de coletivos formados por moradores de favelas que buscam apoio quando algum morador ou moradora é executado durante uma ação da Polícia Militar ou da Polícia Civil.
Parcerias
– Fórum Social de Manguinhos
– Movimento Moleque
– Fórum de Juventudes do Rio de Janeiro
– Organização da Marcha contra o Genocídio do Povo Negro-RJ
– Movimento Mães de Maio (SP)
– Associação de Mães e Familiares de Vítimas de Violência (ES)
– Movimento Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto (BA)
– Justiça Global e à Anistia Internacional
Resultados
Foram realizadas diversas atividades de mobilização política da rede de apoio a familiares de vítimas de violência institucional envolvendo participantes da Rede de Comunidades e Movimentos Contra Violência e familiares não diretamente vinculados à organização. A pauta da violência policial ganhou destaque por meio das atividades de mobilização e protesto ou do apoio para que novas denúncias fossem encaminhadas para o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. O projeto possibilitou ainda o fortalecimento da rede de participantes e colaboradores e contribuiu com a formação de novas alianças, como a realizada com ativista do Black Lives.