Objetivos e público alvo
Realizar chamada pública para jovens comunicadores e um concurso de reportagens para produzir vídeo-série e revista impressa sobre violências que atingem a juventude: extermínio da juventude negra; violência sexual; juventude LGBT; gravidez; aborto; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas.
Atividades Principais
- Chamada pública para construção da vídeo-série.
- Eleição de uma equipe de curadores formada por jornalistas para selecionar os jovens que participarão dos concursos.
- Criação de um canal no youtube com o nome “Comunica em Defesa da Vida”.
- Realização de curso de formação em mídia livre para produção audiovisual e de telejornalismo para os jovens selecionados construírem a vídeo-série.
- Concurso de reportagem sobre casos ou estruturas de violências que atingem a juventude.
- Distribuição gratuita de 50% da tiragem da revista impressa em cursos pré-vestibular comunitários e articulações de jovens negras/os da Bahia.
- Construção de uma série-web de reportagens para o Portal Afirmativa com os textos que participaram do concurso e não foram selecionados para a edição impressa.
Contexto
A juventude negra e pobre brasileira é negligenciada em aspectos que determinam a condição de desvantagem em relação aos seus pares etários brancos e de classes sociais privilegiadas. A violação do direito à educação de qualidade provoca outras violações de outros direitos essenciais ao ser humano, como o direito à cultura e à comunicação. Em uma análise de indicadores sociais da juventude, é possível perceber as disparidades alavancadas pelo fator étnico-racial. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 40,7% dos negros de 18 a 24 estavam no ensino superior. Entre os brancos da mesma idade o percentual saltava para 69,4%. Segundo dados divulgados pela Anistia Internacional, dos 30 mil jovens assassinados no Brasil em 2015, 77% eram negros.
Sobre a Organização
A Revista Afirmativa é um coletivo de jovens comunicadores negros que organiza um veículo (impresso e online) de mídia livre, independente e de abrangência nacional, auto declarado como mídia negra. O coletivo produz jornalismo técnico, diverso, e que tem como linha editorial principal os direitos humanos. O grupo também protagoniza ações sociais pelos direitos da juventude, direito à livre comunicação e à cultura.
Parcerias
Rede de Midialivristas Independentes na Região Nordeste e no Brasil.
Rede de Midialivristas Negrxs na Bahia e no Brasil.
Grupos de Movimento Negro na Bahia e no Brasil.
Articulação de Juventude Negra da Bahia.
Grupos de Movimento de Mulheres Negras na Bahia e no Brasil.
Resultados
Foi realizado um concurso para seleção de repórteres e roteirias; editada uma revista impressa; realizado um curso de formação em mídia livre, de produção audiovisual e de telejornalismo para jovens; houve a produção, filmagem e montagem e uma série de vídeo-reportagens e de um site.