Silvia Pinheiro
Costurando Meus Direitos
Rio de Janeiro
Objetivos e público prioritário
Conectar a cooperativa Corte&Arte à Comunidade do Cantagalo, no Rio de Janeiro, com o objetivo de conscientizar a população acerca da escravidão infantil na indústria têxtil dentro da localidade. A proposta é disseminar informações sobre cidadania, escravidão contemporânea, condições dignas de trabalho, empreendedorismo social como forma de escape de condições degradantes de trabalho, visando estimular relações de trabalho mais saudáveis, alinhadas com os princípios dos direitos humanos, e evitar que as crianças trabalhem, garantindo, assim, o direito à infância.
Atividades principais
- Oficinas de moda sustentável com a Cooperativa Corte&Arte para mães e avós da comunidade com o objetivo de lançamento de um produto a ser escolhido pelas beneficiárias e capacitadoras do projeto;
- Produção de peça de teatro e de curtas-metragens pelas crianças Escola Meninos da Luz (público preferencial);
- Realização de atividades lúdicas com as crianças filhas das participantes das oficinas;
- Desenvolvimento de produto com temática inspirada na luta pela erradicação do trabalho infantil na moda nas favelas – projeto em parceria com o Museu das Favelas.
Contexto
A escravidão contemporânea atinge mais de 24 milhões de pessoas no mundo inteiro. A realidade que se percebe no cenário da escravidão infantil na indústria da moda é ainda mais delicada, isso porque grande parte das crianças submetidas a este tipo de trabalho estão nesta situação com a anuência da família, muitas vezes acompanhando as mães em seus serviços de produção têxtil. Considerando que a escravidão contemporânea na indústria da moda está integrada ao ambiente familiar, e considerando mais ainda a vulnerabilidade das mulheres devido aos efeitos das desigualdades sociais, é importante debater essa questão no ambiente familiar, pensando em alternativas de obtenção de renda para essa população.
Sobre a organização
Fundada em 1995, a Corte&Arte é uma cooperativa formada por costureiras residentes na favela do Cantagalo, na cidade do Rio de Janeiro. A iniciativa foi uma resposta pragmática ao contexto de desemprego no qual essas mulheres se encontravam em meados da década de 1990, e surge com a proposta de um modelo de atuação baseado na economia solidária. A valorização do trabalho em condições dignas é fator determinante para o coletivo, que preza pela educação sobre a questão do trabalho escravo na cadeia produtiva da moda.
Linha de Apoio
Combatendo o Trabalho Infantil na Indústria da Moda
Ano
2018
Valor doado
R$ 90.000,00
Duração
12 meses
Temática principal
Direitos de crianças e adolescentes