União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira – UMIAB
Trabalhadoras Indígenas com Liberdade, Dignidade, Direitos e Cidadania
Amazonas
Objetivos e público prioritário
Enfrentar, reduzir ou eliminar o tráfico de mulheres indígenas para trabalharem como domésticas em regime de semiescravidão nos centros urbanos; produzir material de informação e orientação; capacitar mulheres indígenas, dirigentes de suas organizações, sobre o tema.
Atividades principais
- Pesquisa sobre a incidência de práticas de tráfico e semiescravidão de mulheres indígenas em Manaus, Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira.
- Pesquisa sobre a incidência de práticas de tráfico de famílias para trabalho escravo nos centros de produção extrativista em Barcelos e Santa Izabel do Rio Negro.
- Elaboração e divulgação de material informativo.
- Capacitação de agentes multiplicadores.
- Sistematização e divulgação dos resultados das pesquisas e do projeto.
Contexto
Segundo a organização, o tráfico de mulheres indígenas de suas terras e comunidades para trabalhar em casas de famílias brancas, em condições de semiescravidão, é relatado por pesquisas e documentos desde a década de 1970. Ainda hoje existem muitos casos, principalmente nos lugares mais remotos, como as cabeceiras dos rios Padauri, Preto, Demini, Tarauacá, Araçá e outros. Uma vez traficadas, as mulheres indígenas passam o resto da vida trabalhando como empregadas domésticas, sem carteira assinada ou direitos trabalhistas.
Sobre a organização
A UMIAB foi criada em 2010 e registrada oficialmente em 2013. Concentrou seus esforços em dois campos de atuação: discussões, elaboração e negociações de projetos e participação na agenda de luta do movimento indígena. Apoia, soma e está ao lado das lutas das comunidades e organizações indígenas, principalmente na luta pela terra, auto-sustentação, saúde e educação.
Parcerias
Rede Nacional de Organizações Indígenas do Brasil, coordenada pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil); COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira).
Resultados
Foram realizados oficinas de capacitações, seminários, encontros de formação, mobilizações, reuniões e marchas com o objetivo de chamar atenção da sociedade, das autoridades, das instituições públicas e dos meios de comunicação para o problema do racismo, da discriminação e do preconceito que assola os povos indígenas desde o início da colonização do Brasil.
Linha de Apoio
Combate ao Tráfico de Pessoas (2015)
Ano
2015
Valor doado
R$ 46.700,00
Duração
12 meses
Temática principal
Enfrentamento ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo