Objetivos e público alvo
Combater o trabalho infantil engajando comunidades escolares que contam com a presença de famílias migrantes que trabalham na indústria têxtil. Para isso, será aplicada uma metodologia que visa estabelecer vínculos com pais, professores, técnicos e gestores escolares durante oficinas sobre como ter acesso a direitos sociais. A ideia é a sensibilização por meio da integração das famílias no processo de escolarização das crianças.
Atividades Principais
- Realização de oficinas sobre direitos sociais destinadas a pais, professores, gestores escolares e técnicos de escolas que tenham alunos de famílias migrantes;
- Aplicação de questionário entre os participantes da oficina;
- Criação de site para o projeto;
- Elaboração de relatório final.
Contexto
As relações de trabalho na indústria da moda são um tema que tem sido amplamente debatido. No mundo todo ouve-se casos de empresas que mantém mão-de-obra barata produzindo em condições sub humanas. No Brasil, muito se discute este assunto, principalmente quando se observa a condição dos trabalhadores estrangeiros, muitos vindos de países da América Latina como Bolívia, Paraguai e Peru. Muitos deles trabalham em condições degradantes, às vezes análogas à escravidão. Para além da fiscalização, as ONGs e o poder público têm atuado para erradicar o problema por meio da divulgação de informações sobre direitos humanos, de acesso a direitos sociais e trabalhistas, da formação e da qualificação profissional. No entanto, a falta de informação e da efetiva garantia de acesso a direitos vulnerabiliza essa população migrante, o que afeta diretamente as crianças e o direito à infância. Em vários casos, as famílias utilizam as oficinas de costura também como moradia, o que configura não só risco à integridade física dessas crianças, como também um obstáculo ao desenvolvimento delas.
Sobre a Organização
Por conta de condições econômicas em seu país de origem, em 2006, Wilbert Rivas Pena chegou para trabalhar como costureiro. Desde então, participa como organizador de reuniões, palestras, campanhas e outras ações voltadas à inclusão social de imigrantes, refugiados, pessoas solicitantes de refúgio e apátridas. Foi voluntário e depois funcionário do Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (CAMI), onde desenvolveu um trabalho de inclusão digital com crianças de outras famílias migrantes. Atuou também na Marcha dos Imigrantes, no Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC) e no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI-SP). É idealizador da plataforma Além Das Fronteiras, site que apoia aos imigrantes com informações e acompanhamento online do processo de imigração, de acordo com a legislação vigente no país.