A publicação “Experiências e Perspectivas – Edital Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, recém-lançada pelo Fundo Brasil, sistematiza a experiência realizada na linha de apoio destinada a grupos que enfrentam o tráfico humano para o trabalho escravo ou exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes e, em menor escala para o tráfico de órgãos e adoções ilegais. A fundação apoiou projetos em várias regiões do país com um valor total de R$ 360 mil.
A sistematização, que pode ser lida aqui, é dividida em Contexto atual: definição e marco político; Projetos apoiados; Experiência das organizações apoiadas; e Orientações e perspectivas.
Uma das conclusões relatadas na publicação é que a forma utilizada pelo Fundo Brasil para dialogar com as organizações apoiadas é positiva e facilita a realização das ações propostas.
“Nos últimos anos, o Fundo Brasil talvez tenha sido o apoiador que mais compreende ou que busca compreender de fato o papel das organizações, o trabalho e a especificidade que cada uma tem”, diz André Araújo, coordenador da equipe interdisciplinar do CRIA – Centro de Referência Integral de Adolescentes, uma das organizações apoiadas.
Outra conclusão é que há a necessidade de continuar fortalecendo atividades relacionadas ao tema, apoiando grupos que tenham identificação com o público mais vulnerável ao tráfico humano.
“Para ter esse olhar e para conseguir combater essas vulnerabilidades, é preciso ter um posicionamento político, uma experiência de trabalho, conhecer o seu público. No nosso caso a gente não conhece nosso público, a gente é o nosso público”, afirma Monique Britto, da Camtra – Casa da Mulher Trabalhadora, grupo também apoiado por meio do edital.
“É importante escolher projetos onde exista essa relação mais estreitada e empoderar esses grupos que geralmente não são muito reconhecidos”, concorda Carol Macedo, voluntária da Aprosmig (Associação de Prostitutas de Minas Gerais).
Foram apoiados os seguintes projetos: Casa da Mulher Trabalhadora (CAMTRA), do Rio de Janeiro; Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA), da Bahia; Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB), no Maranhão; Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (CAMI), de São Paulo; Pastoral da Mobilidade Humana (PMH)/ Diocese Santa Cruz de Corumbá, no Mato Grosso do Sul; Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual (GGLOS LGTB), no Piauí; e Associação de Prostituição de Minas Gerais (Aprosmig), em Minas Gerais; União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), na Amazônia.
Conheça aqui os projetos.
Fundo Brasil
O Fundo Brasil é uma fundação independente, sem fins lucrativos, que tem a proposta inovadora de construir mecanismos sustentáveis para destinar recursos a defensores e defensoras de direitos humanos em todas as regiões do pais.
A fundação atua como uma ponte entre organizações locais e potenciais doadores de recursos.
Em dez anos de atuação, a fundação já destinou R$ 12 milhões a cerca de 300 projetos em todas as regiões do país. Além da doação de recursos, os projetos selecionados são apoiados por meio de atividades de formação e visitas de monitoramento que fortalecem as organizações de direitos humanos.
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